quarta-feira, 28 de maio de 2008

Quem sou eu...

Eu sou...

Eu sou presença constante em vidas ausentes
Sou sol, sou lua, sou vida, sou brisa...
Sou alegria, sou música.
Passos apressados! Coração agitado!
Sou esperança ao amanhecer,
certeza ao final do dia.
Sou força, sou fé
Sou perdão, entendimento
Compreensão
Paciência.
Sou um grão de areia em meio a duna.
Sou uma gota de chuva num temporal
Sou pedra, sou poesia, sou sonho
Às vezes fantasia, sou bruma.
Sou pássaro voando em liberdade
Sou mansa, sou onda num mar sereno
Sou falha, sou erros, sou como todo mundo
Suscetível a enganos.
Sou doação
Sou carinho
Sou amor
Sou amizade
Sou um coração inundado de sentimento
Sou a razão do meu próprio entendimento
Sou resiliente em relação a vida pois tê-la
Já é uma amplitude de conquistas
Sou riso flutuando num ar ensolarado
Sou luz do sol a brilhar intermitente
Sou vida carregada de afetos positivos
Sou um mergulho delicioso em minha própria vida
Sou infância vivida
Sou adolescência guardada
Sou desejo contido
Sou árvore protetora que cede sua sombra a
Sementes que brotam
Sou mulher, sei amar, tenho parte
Do coração vazio a espera de uma
Presença distante – vazio, não triste!
Sou luz da esperança aguardando um
Milagre a cada dia renovado, e guardo em meu coração
Até que seja revelado, quem sabe em vida, ou na morte
Pois a morte não é o fim e sim um novo começo!

Adriana 23.05.08

terça-feira, 27 de maio de 2008

10 de janeiro de 2008













10 de janeiro de 2008


Naquele dia, o amanhecer
Parecia inundar-me todo o ser.
O sol brilhava ofuscante
Irradiando alegria
Como criança a sorrir
Então tive certeza
Aquele era meu dia.
Horas passavam a fio
Minutos eram contados
Todos planejados
Parecia um desafio.
A tarde se aproximava
Mais uma vez o sol adormecia
Dando lugar a lua
Meu coração se acendia.
De repente mais próximo ficava o momento
Não era sonho, era verdade
Esperada por muito tempo.
Ali diante de tudo aquilo, uma imensidão,
Tornando cada vez mais real o que parecia uma ilusão.
Luzes ofuscantes como sol iluminando os corações
Presenças deliberadamente reais bem à nossa frente.
A certeza presente que os olhos viam, o coração sentia,
a voz gritava, as lágrimas rolavam e o peito de gratidão se enchia
Vários sonhos ali encontrados, concretizados, vivenciados.
Uma coletividade de realizações que por um breve instante trouxe
Sensações que por toda vida ficará guardado em todos os corações.

Show do Air Supply um grande e inesquecível acontecimento.

Adriana 19.05.08

domingo, 25 de maio de 2008

Palavras...


Palavras ditas
Palavras esquecidas
Palavras carregadas pelo sussurar do vento
Palavras contidas na emoção
Palavras reveladoras
Palavras sem nexo
Num texto complexo
Palavras soltas
Sinceras num contexto
Ilusórias numa composição
Palavras proferidas com fervor
Ouvidas com atenção
Absorvidas? Nem sempre!
Palavras carregadas ao sussurar do vento
Palavras que fluem naturalmente
Poesias, até diria...
Palavras apenas palavras
Palavras ouvidas, jamais esquecidas
Numa música, numa poesia
numa boa junção sempre
chama a atenção
Palavras de amor, palavras de quem ama
Amor de um ser que vive de palavras
Suas palavras denotam a palavra
Que és, o amor que és
As palavras que tem no amor
Das palavras.



Adriana 25.05.08

Imagem, ilusão...


Imagem sombreada na penumbra da ilusão.

Uma imagem formada num pensamento, num momento...

Verdade escondida, verdade usurpada diante da conjuntura em vão instante.

Imagem, apenas uma imagem criada na ausênsia tateável da ilusão.

Uma imagem desconhecida, um imaginário de suspenses, vazio, distante...

Som vazio, imagem sem sombra, palavras inexistentes, presença incontida, contida na ilusão de uma imagem desconhecida.

Imagem perdida num sonho encontrado.

Imagem engrandecida dentro de uma alma apartada.

Imagem no pensamento leve e perene, imagem criada na tradução de uma alma cônscia.

Imagem elevada, imersa e recortada num retalho de sombras.

Imagem impassível que esvaiu-se na dor de uma alma solitária, uma imagem na mente, na alma, uma imagem, uma utopia.

Adriana 25.05.08

quinta-feira, 22 de maio de 2008

amor, contradição...


Amor, sentimento que invade o peito sem pedir permissão. Inunda o coração, os olhos, o corpo, a alma, com tudo o que nele está contido.


Amor, sentimento inefável tamanha explosão que provoca em cada ser, estranha sensação de liberdade ao mesmo tempo de prisão, pois ficamos presos por um laço tênue que une dois corações. Um laço onde não precisa ser reforçado, pois o próprio amor proporciona esta segurança. Amor, um sentimento inerente à vida. Ele as vezes é contraditório; quando amamos e somos correspondidos, sentimos o suave perfume do amor emanado dos corações e dos sorrisos dos amantes, ele é algo maravilhoso, um sentimento sublime. Porém, quando amamos sem ser correspondidos ele se torna uma ferida aberta em nosso coração, machuca, maltrata, dói, nos torna por alguns momentos pessoas inseguras, desacreditadas deste sentimento tão forte, seja da forma que for, da forma que chegar ao nosso coração.


Amor, é vida é dor é alegria, é solidão, mas tudo vale a pena pois amar também é viver e enquanto vivos não somos ilusão, somos verdade e acreditamos neste sentimento que nos enche a alma de emoção e nos faz renascer a cada nova chance de amar.




Adriana22.04.08

parte de mim


Então ela chega...
Na hora mais improvável
Ela chega...
De uma maneira lamentável

Toma conta do meu ser
Invade-me completamente
Mesmo sem perceber
Toma-me a mente

Destrói um pensamento
Acaba com a esperança
Deixa-me no desalento
Leva-me uma lembrança

Rasga-me o peito
Deixa-me inerte
Sem nenhum respeito
Ela me veste

Veste-me de ilusão
Despe-me de alento
Chega a solidão
Levando-me o contentamento.


Adriana 19.05.08

domingo, 18 de maio de 2008

A vida



A vida é como um mergulho pretensioso em nossas almas, como só ela pode ser. Às vezes nós faz sorrir; outras nós faz chorar. Nos abre portas, nos fecha em caminhos tortuosos. Nos dá a luz para trilharmos nossas escolhas. Nos dá escuridão para termos certeza do que queremos, pois no escuro somos postos à prova, usando a intuição, crendo na nossa capacidade, na força que cada um tem para seguir adiante dela. Caminhando, sempre enfrentando os obstáculos, tendo bom senso diante das facilidades que ela própria nos coloca, fazendo da própria vida uma aliada para driblarmos todas as incertezas, tendo cautela com todas as certezas, sendo sensatos em todas as decisões, vivendo a vida, com todos os acontecimentos de maneira célere e com todo seu fulgor. A vida é... O que é a sua vida? Descubra-a! Se não, só viva.
Adriana 07.05.08

Ausência


Por que somes? Por que te escondes? Por que foges de mim?
O que te fiz? O que te causei? Magoei-te?
Ausência, ausência inexplicável, ausência fugaz, ausência da tua presença...
Coração vazio, coração distante, coração sozinho...
Por que choras? Por que sofres? Por que te indigna com a vida, se escolhestes ficar sozinho - quando sumistes, quando escondestes, quando fugistes!
Nada te fiz, nada te causei, nem sequer te magoei, a ausência, a tua ausência não permitiu, mesmo assim, eu te amei...

Adriana 09.05.08

Desejo


Desejo, um impulso irrefreável de desejo. Desejo de ter-te junto a mim, tocando-me a tez sobre a tua, preenchendo as minhas entranhas com todo o teu amor. Permitindo-me um refúgio em teus braços, a olhares e sorrisos que intuíam pleno prazer naquele momento de sonho.

Amor, desejo que surge do amor, amor pleno de satisfação, de acolhimento, amor que permite que o coração pulse compassadamente, como uma onda no mar que vai e vem sutilmente, pois este é o seu desejo.

Desejo a sentir-me inundar toda a alma ao toque das tuas mãos, ao teu murmurar aos meus ouvidos, ao calor dos teus lábios nos meus, invadindo com fervor toda minha intimidade, descobrindo os meus mais tenros segredos a ti revelados naquele instante de tanto desejo.

Amor que surgira tão inesperadamente de uma fonte tão improvável, que derrama-se sobre mim, como o luar inundando a noite com todo seu fulgor, ou como a luz do sol ao amanhecer brilhando intensamente por toda dimensão de um mar azul e inerte a tanto desejo e amor.

Desejo incontido.

Amor profundo.

Desejo controlado.

Amor refugiado.

Desejo não vivido.

Amor inesperado.

Desejo entorpecido.

Amor extasiado no desejo do amor esperado, e ainda não revelado...
Adriana 16.05.08

Distante de ti...-


Separados, por uma breve e considerável distância...

Como desejo ter-te agora neste momento, tocar-te, ouvir-te, olhar-te...

Ouvir-te, tão somente, ouvir ao sussurrar da tua voz penetrando aos meus ouvidos, preenchendo-me de esperança, tomando-me a alma, causando-me uma profunda sensação de contentamento, suave e serena como uma praia distante e deserta.

Como anseio em ter-te junto a mim, deixando emergir de dentro do meu ser todo vazio estranho, uma espécie de sombra da tua ausência.

Como desejo tocar-te, sentir o calor da tua pele, rechaçada a beira da compreensão.

Olhar-te por um instante e poder perceber-te exatamente como tu és, o que sentes, e então poder penetrar-te como uma luz ofuscante em todo entusiasmo incontido por ali estar- a olhar-te, a ouvir-te, a tocar-te, a beijar-te, longa e profundamente...
Adriana 13.05.08

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Duas sombras, um amor...


Duas sombras, imagens estranhas, disformes, perpassadas uma a outra, unidas como se fosse uma só, causando sussurros, murmúrios inteligíveis, incaptáveis à razão, cujo ruído causara estranheza à tentativa de compreender aquela linguagem.
Duas sombras, intocáveis, tamanho ardor pretendido causar uma a outra – linguagem única a elas reveladas, presença constante irresistível a ânsia de estar ali.
Duas sombras, respiração arfantes, ao mesmo instante segura, corações perspicazes, vívidos, deliberadamente únicos, palavras proferidas imersas a devaneios particulares.
Duas sombras, céleres, entorpecidas de tanto fulgor, absortas naquele momento impetuosos, unidos por toda complexidade existente naquele sentimento, agora descansam na mais terna e infinita sensação de liberdade.

Duas sombras lado a lado inundado de sentimentos inconfundivelmente unidos por um único amor. Duas sombras, um amor...

Som da meia-noite


Folhas farfalhando, inquietude nos telhados, apitos a esmo na rua deserta. Silêncio, silêncio da meia-noite...

Silêncio, silêncio, rompido, abruptamente rompido, não o silêncio das folhas, nem dos apitos , pouco menos do telhado, silêncio rompido, o silêncio do cômodo , o silêncio de um cômodo...

Cômodo com silêncio ausente, cômodo inundado por uma luz interna, entremeada, refletida em camadas densas de imagens complexas, envolto e protegido por um silêncio ausente, presente por vidas contidas uma na outra.

Silêncio rompido pela relutância transformada deliberadamente em desejo, desejo num breve instante inundando a alma, quebrando o silêncio como um mergulho límpido e delicioso.

Silêncio singular, num cômodo sem silêncio, silêncio entorpecido, ínfimo, tênue, envolto a devaneios alheios, absorto no próprio silêncio.

Silêncio após silêncio, vívido e carregado de afetos, embora, por um breve instante houvesse enchido o cômodo de sensações fugazes, agora deixara sensação de silêncio, silêncio indecifrável, intrépido, silêncio da meia-noite, som da meia-noite.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Palavras, sentimentos...

Se um dia eu conseguir resumir em poucas palavras tudo o que estou sentindo, certamente neste dia não estarei sentindo nada.
Adriana 04/08

Um momento...




De repente, me vejo envolta por uma imensidão além do horizonte, como uma paisagem distinta em seus mistérios não revelados aos olhos, pois vai muito além do que os olhos podem perceber.


Ao olhar, causa-me encantamento tamanha perfeição daquele lugar, deixo meu pensamento fluir diante de tanta beleza.


A brisa a tocar-me a tez, cabelos esvoaçantes ao sussurrar do vento, toque suave do sol inundando de calor meu corpo e minha alma.


Deliciosa sensação de suavidade ao ser envolvida pela espuma trazida por um movimento impetuoso, ao mesmo instante delicado, desejando-me as boas- vindas...


Um momento único e particular, num lugar indescritível, emoldurado por um céu límpido, um sol que brilhava deliberadamente, com sua luz imersa em águas densas e vívidas, e aos pés a leveza de uma nuvem transformada em minúsculos grãos, grandiosos em sua proporção como parte daquela moldura.


A praia, o mar, o sol, a onda, o céu, o horizonte, a vida e eu...




Adriana 12.05.08


Minha vida, assim sou eu...

Nunca deixei transparecer minhas tristezas e desapontamentos, não tenho o hábito de reclamar da vida, pois tê-la já significa uma amplitude de conquistas.
Não fecho os olhos, nem tapo os ouvidos para não deixar passar despercebido tudo que está ao meu redor.
Tenho o coração aberto sempre, pois tudo que não é possível ver ou ouvir, certamente terei sensibilidade para perceber e sentir.
Não peço para que me vejam ou que me ouçam, só almejo ser amada, mesmo que não seja da mesma maneira que sou capaz de amar, nem com a mesma intensidade, só desejo de alguma forma ser amada e poder amar, assim é minha vida, assim sou eu...
Adriana 12.05.08

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fragmentos




Cada palavra que coloco no papel, cada pensamento, cada manifestação de alegria, de tristeza, de euforia, solidão, amor, amizade, vida, paixão... Tudo que escrevo é baseado na minha própria vida, em tudo que vivi.
Já passei por muitas aprovações, resignações, precisei ser muito forte para suportar tudo e conseguir reerguer-me e continuar vivendo. Não foi fácil enfrentar a vida e o mundo inteiro quando a única certeza que eu tinha era, que eu precisava ter determinação para continuar com minhas convicções, estas ainda sendo amadurecidas, pois só a partir daquele momento foi que abri os olhos para tudo que me rodeava, todas as dificuldades e obstáculos que a vida me colocou e que diante de tudo, o mundo não ia parar para que eu pudesse me localizar, ele ia continuar em movimento, caberia à mim acompanhar o ritmo que a vida e o mundo impuseram-me.
A partir daquele instante pude perceber, tamanha é nossa fragilidade e pequenez diante de uma situação difícil quando tudo o que temos a fazer é ter fé em Deus. Desde então senti quão grandiosa é a misericórdia divina por nós, comecei a perceber os caminhos que deveria seguir, nunca sozinha, pois Deus nunca nos abandona, Ele nos guia sempre.
E hoje, apesar de todas as atribulações que passei, não perdi a minha essência, só passei a ver a vida por outro ângulo, porém com os mesmos olhos, continuo a acreditar na vida, nas pessoas e no poder que o amor tem em transformar as nossas vidas.

Adriana 12.05.08

domingo, 11 de maio de 2008

Mãe, vida...

Assim é a vida: uma dádiva, essa concebida por Deus e atendida por um ser divino escolhido para em seu ventre abrigar um novo ser. Abrigar, amar, alimentar, dar carinho, conduzir sob a orientação do Pai Maior. Este ser escolhido nada cobra; somente que este outro, seja feliz. Nada reclama, apesar de carregá-lo por um longo período em seu ventre, ver sua vida modificar-se em função dele, tornar-se de alguma forma outra pessoa, deixando sua própria vida em segundo plano- já que a graça de tê-lo requer toda atenção, pois ele é indefeso, frágil, totalmente dependente do seu amor. E com sua chegada uma longa caminhada é iniciada, agora para a vida inteira, sem interrupção e com o tempo, a perpetuação da vida os tornem cada vez mais ligados. Pois esse ser até então frágil que um dia precisou de todo carinho, atenção, de todo amor e dedicação, um dia também vai ver sua vida modificar-se por causa de um novo ser gerado da mesma forma que ele próprio, tornando esses seres tão grandiosos, tão dignos da bondade e da graça divina, pois só MÃE para suportar tudo e ainda repetir por toda sua vida sempre com um largo sorriso: EU TE AMO, MEU FILHO!
Parabéns a todas as mães!