domingo, 3 de agosto de 2008

Busca

Busca

Por que sermos desagradáveis, ser podemos ser gentis?
Por que sermos ríspidos, se poderíamos ser amáveis?
Por que tratar as pessoas com indiferença, se gostamos de atenção?
Por que calarmos diante de uma injustiça, quando buscamos pela nossa própria justiça?
Por que sermos egoístas, quando o mundo precisa de igualdade?
Por que não sabemos ouvir? Só queremos ser ouvidos e nos frustamos se não nos dão atenção.

Por que não elogiar uma criança, quando um elogio eleva a auto-estima de um adulto?
Por que não respeitamos a maneira que cada um tem para ser feliz, quando todos buscam pela mesma felicidade?
Por que não sabemos ceder a vez ao outro, e ainda lutamos pela paz?
Por que não abrimos os olhos para quem estar ao nosso redor e para o que temos? Fazer caridade é antes de tudo valorizar o que e quem temos.
Por que somos tão incompreensíveis, e ainda nos julgamos maduros?
Por que prender quem amamos com nosso suposto amor? O amor precisa ser livre para ser seguro!
Por que perdemos tanto tempo com ideais grandiosos, com a busca constante daquilo que conceituamos felicidade plena, amor perfeito, vida tranqüila, lugar sossegado, pessoas justas e corretas, um mundo sem violência, sermos amados e respeitados?
Enquanto sonhamos, buscando por tudo isso, estamos somente fugindo do que está mais próximo do que poderíamos imaginar, tão próximo que nem notamos. Estamos tão ocupados com coisas banais, com buscas inúteis e infindáveis que nem percebemos que antes de sair procurando por qualquer outro lugar, poderíamos começar essa busca dentro de cada um de nós.

Adriana

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